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domingo, 12 de junho de 2011

Mudando de casa

Encarem como uma mudança de cidade, quem sabe você não volta um dia à cidade em que já morou? O Pizza Frita deixa de ser atualizado no Blogspot e passa a ser no WordPress. Uma nova casa, novos recursos (que talvez nunca usaremos) e sem o esquema de seguidores do Google (o que me deixa triste, gosto de ver o rosto de vocês aqui). Motivos melhores podem ser lidos aqui.

Antes que os haters venham dizer que mudei porque o WordPress é uma plataforma aberta, sinto desapontar-lhes, mas não é uma mudança filosófica e nem pretendo editar o código do WP, assim como não faria o mesmo com o Blogspot. Gosto da filosofia do software livre, mas não é isso que me faria mudar costumes, nem foi o que me fez usar Linux, mas isso é discussão pra outro dia.

Então, adicionem o novo blog aos seus bookmarks, leitor RSS ou o que seja, mas não se desliguem desse. Ocasionalmente poderei revisitar a velha casa ou retornar definitivamente.

E Feliz Dia dos Namorados.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Terraria - Tão viciante quanto um MMO


Quando Terraria saiu, confesso que fiquei tentado a comprar na Steam porque:

  1. Jogo indie, estou procurando manifestar meu apoio aos desenvolvedores sem produtora
  2. Gráficos com cara retrô (não vamos entrar na discussão se são 8 ou 16 bit, não precisa)
  3. Anunciava-se como Minecraft 2D, grandes chances de ser viciante
E não comprei de uma vez porque:
  1. Justamente falavam que era um Minecraft 2D e altamente viciante.
Até hoje não comprei Minecraft e não vejo isso acontecendo esse semestre, acho incrível o que as pessoas conseguem construir com o "jogo" (as aspas vieram porque são necessárias, acompanhe) mas não queria me deixar viciar e ficava meio assustado com a possibilidade de pode construir de tudo com imaginação. E aí meus amigos compraram Terraria e decidi vencer a barreira do "não compro porque". Eu estava condenado.

Terraria é um mundo aberto. Como jogo, possui um componente formal (as regras) e o objetivo: sobreviver aos ataques zumbis noturnos, justamente como Minecraft. Só que tanto um quanto outro são fortemente baseados na história que o jogador cria, a tal narrativa emergente que muitos de vocês viram o Arthur Protasio falar no seu canal Ludobardo no YouTube (se não viram, deveriam). Não é matar os zumbis que torna o jogo divertido, mas sim o que você faz para começar a se proteger e as histórias que derivam disso. No final das contas, os zumbis não são mais o problema e você passa a procurar sarna pra se coçar.

Jogando com o Arthur, comecei a desbravar o mundo. Construímos uma casa pra nos proteger dos zumbis e atrair outros sobreviventes (narrativa embutida bem tímida), só que para sobreviver, precisamos de mais que machados e picaretas, precisamos de armas e armaduras. Para conseguir isso (e material para melhorar sua casa), você precisa cavar atrás de minérios e... olha só! Achei um baú, o que tem nele? E em uma nova excursão ao subterrâneo: esqueletos! O que tem mais pra baixo? Coelhos que soltam bolas de fogo!!! (Descobrimos mais tarde serem Fire Imps, diabretes de fogo). Que legal, quero descobrir mais!

Em nossas andanças, descobrimos o final do mundo

Não lembro se li em A Theory of Fun for Game Design do Raph Koster ou Design de Games - Uma Abordagem Prática do Paul Schuytema, mas constantes descobertas, inserir pequenas quantidades de madeira que mantêm a chama acesa, é um dos truques (ou uma das técnicas) para o sucesso de um jogo e justamente o que Terraria faz. Andar pelo mundo externo ou pelo subterrâneo traz novidades que deixam o jogador preso e interessado, quando o tempo anda e ele nem percebe: flow, o objeto de desejo de todo game designer. E os criadores de Terraria estão planejando constantes atualizações para manter os jogadores antigos e atrair novos, tive sorte de começar a jogar logo antes de um dessas e poder observar as mudanças.

Antes eu era feliz com um machado

No aspecto de jogo como um conjunto de sistemas formais com um ou mais objetivos definidos, Terraria flerta com o não-jogo ou brincadeira. Flerta porque ainda é jogo quando o jogador (quero dizer, o interator tornado jogador) cria objetivos e limitações na brincadeira, como por exemplo achar o bioma da selva ou uma ilha flutuante, fazer boss rush (ou seja, tentar matar os chefes - inimigos mais difíceis - no menor tempo possível) ou conseguir um item específico.

Hoje não saio de casa sem meu sabre de luz

Cheguei a comentar com o Arthur que Terraria me encantou por ser como Ultima Online: eu tenho um mundo que se abre para mim com apenas algumas regras e um objetivo - sobreviver - de modo que eu possa fazer isso como eu queira, que é ao modo medieval fantástico - forjar uma espada e uma armadura e matar monstros, da mesma forma que fazia mineirando nas minas de Minoc para matar homens-lagarto em um shard qualquer de Ultima.

Ou fazer o Chateau de Baère sobreviver ao exército goblin

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nerd Pride Day 2011

Ontem foi Dia da Toalha, ou como convencionou-se chamar na Espanha e logo foi aceito no resto do mundo, Dia do Orgulho Nerd. Fui acompanhar a Vanessa do Piadas Nerds no evento da Saraiva do Praia Shopping em que ela ia participar de uma mesa-redonda e acabei participando também, mais ou menos assim:

"V: Baère, não vou sozinha, vai lá comigo!"
"B: Eu não, vai ficar estranho eu entrar lá sem ter sido convidado, o penetra."
"V: Vem, anda."

E com essa delicadeza toda eu fui. Os outros palestrantes, Renato do Território Nerd e Paula do Garotas Nerds (que depois descobri ser irmã de uma amiga minha do mestrado em Design, sabia que tinha reconhecido o jeito de falar característico!) acolheram superbem esse estranho de um blog cujo nome não evoca nada nerd, tinha até uma cadeira adicional. Munido de minha camisa Don't Panic do Jovem Nerd e obviamente minha toalha de mochileiro, acabei emprestando a boina do Super Mario pra Vanessa quando perceberam que ela tinha apenas uma toalha (NÃO SEUS PERVERTIDOS, ELA ESTAVA VESTIDA! A prova aqui embaixo).

"Caraca Vanessa, eu travo quando falo em público, você viu como pisquei nervosamente na entrevista pra UOL Games, só falta eu molhar as calças aqui, ainda bem que trouxe uma toalha"

O público foi bem receptivo e participativo, ainda que tímido no início. Brincadeiras certas com o público, aquelas que os tocam por fazer parte de seu mundo e não forçando uma intimidade, fizeram o gelo social derreter e até os mais introspectivos estavam se soltando e defendendo com unhas e dentes seus pontos de vista, inclusive os hipsters! Vimos muitas camisas de heróis e outras referências do nosso mundo particular, até um garoto com o colar do Triforce.

Percebam que a homogeneidade desse grupo não pode ser expressada em uma foto. Todos aqui possuem a mesma paixão ardente pelo assunto que dominam e exteriorizam isso de diversas formas.

Felizmente a discussão agradou gregos e troianos (e desagradou persas e hititas, mas fazer o quê?) e pudemos comentar também sobre a validade de se orgulhar de um termo pejorativo e criticar o modismo nerd de hoje, em que há uma forçação de alguns para se adequar a esse grupo (comentei sobre isso no post passado), vendo também os pontos positivos que essa superexposição na mídia traz para a "tribo" como uma melhor aceitação da sociedade de uma cultura que era considerada marginal. Em certos pontos, o foco ficava na experiência dos participantes da mesa com coisas do mundo nerd, mas aqui acho que conseguimos passar a mensagem para todos que: "Ei cara, você não é estranho e sozinho, gostamos das mesmas coisas que vocês".

"Eu também já joguei com um elfo ranger e nem por isso eu saio na rua matando pessoas... porque eu não tenho arco e flechas, anota isso aí"

A mesa estava prevista para mais ou menos 1:30 de conversa, mas acabamos com 3:00, terminadas com uma distribuição de brindes que me lembrou um pouco a votação popular dos Jogos Independentes do SBGames 2009, quem ganhou satisfeito, quem não ganhou insatisfeito, ainda mais que os brindes mudavam de "tamanho" de uma hora pra outra e uma confusão aqui ou ali, mas no final das contas acho que deu tudo certo, não dá pra agradar a todos mesmo. O final da noite se deu com um chopp ali mesmo no shopping (e com finalmente meu desjejum lá pras 22:30, apenas com um yogurt de graviola e um bombom gentilmente cedido pela Vanessa na barriga), regado a mais conversas nerds, por que não?

O bom desses eventos é espairecer um pouco da vida normal, encontrar mais pessoas que pensam como você (ahá, networking!), desde o adulto pai de família que não perde sua criança interior e seus sonhos de juventude, até os pré-adolescentes buscando com que grupo se identificam, encontrando nos similares a força pra enfrentar as zoações no colégio por saber de cor o nome de 150 ou mais Pokémons.

E para os que ainda têm aquela mentalidade de que nerd é um ser recluso e antissocial, essas reuniões mostram que os paradigmas estão mudando, a antiga concepção de nerd não é mais válida embora a conotação pejorativa do termo permaneça. Ah sim, o público feminino estava em peso, pense sobre isso.

UPDATE: Vídeo feito pelo canal Mundo Nerd sobre o dia com filmagem de parte do evento http://www.youtube.com/watch?v=YeE3r38wSBA

PS: Agradecimentos ao Jan do Cinco Síncopes pelas fotos e pelos curtos vídeos. Ao Arthur Protasio do Vagrant Bard e do Ludo Bardo por ter comparecido, no final, mas pelo menos foi!

PS2: Agora eu tenho um deviant Art, woohooo! http://killerasus.deviantart.com

PS3: Esse eu vou jogar quando tiver tempo de novo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sobre o "orgulho nerd"

Recentemente ouvi algumas pessoas defendendo o que faziam porque eram nerds. Em outro blog (embora me fuja o nome), li sobre o "orgulho nerd" que se formou após a popularização na mídia. Na época de Freaks and Geeks (que só vi uns 3 episódios), não era bem assim, mas após The Big Bang Theory atrair a atenção dos formadores de opinião - porque quem dita as tendências está formando a opinião dos que a seguem - ser nerd virou chique e essa tribo urbana recebeu os holofotes e uma incursão de vários novos "membros".

Incomodado com isso, coloco alguns itens sobre porque você não deve sair por aí falando que é nerd só por fazer algumas coisas estereotipadas.
  1. Jogar videogame não te faz nerd.
    Apesar dos jogos terem começado na academia por hackers (observem qual o sentido aqui utilizado) que queriam aproveitar os computadores parados e transbordavam de criatividade - ou tédio - há muito deixaram de ser "de nerds para nerds". Jogos são feitos para serem vendidos (a menos que você seja um desenvolvedor indie otimista, mas esse é um assunto pra outro dia) e atenderem a uma demografia grande o suficiente para haver lucro. Faz tempo que já caiu essa ideia de quem joga ser o cara diferente da turma que prefere ficar em casa em frente ao computador a bater uma pelada com os amigos, jogos são para quem quiser jogar. Atualize sua cabeça.

  2. Usar camisa com frases ou imagens de um universo não te faz parte dele
    Já cansei de ver pessoas usando camisa do Laranja Mecânica para parecerem alternativos e cool... sem nunca terem visto o filme nem saberem termos como drooges, moloko, etc. O mesmo vale pra bandas (dica: Ramones é punk e vestir a camisa não te faz mais alternativo que o cara que tá usando uma do Strokes), aliás, quando eu ia nos showzinhos em Resende, a gente chamava essas pessoas de posers, punk de boutique, piperô, etc. Conheça suas referências. Não use uma camiseta do Star Wars se não souber a diferença entre um Wookie e um Ewok (aliás, isso pode ser fatal).

  3. Ler Harry Potter não mostra pra todo mundo que você é nerd
    Não, meu caro leitor que lê HP, não o criticarei aqui. De fato, HP pode ser substituído por qualquer outra literatura fantástica ou de ficção científica. Isso só mostra que você lê, o que é bom (ainda mais depois de ter ouvido numa mesa de bar ao lado que as pessoas comentavam - com certo orgulho - de só ter lido 1 livro na vida... shame on them). Continue lendo, seja J. K. Rowling ou Machado de Assis, mas não espere que isso te rotule como alguma coisa, só como intelectual - isso porque se você está lendo um livro qualquer, é considerado intelectual, vejam só...

  4. Se autodenominar nerd não é legal
    Não sei como é hoje nos colégios, mas na minha época, se você era chamado de nerd é porque era diferente do padrão e acabava se sobressaindo em alguma matéria. O termo ganhou e perdeu significados com o tempo e gerou filhotes. O orgulho em ser alguma coisa não está em cantar aos quatro ventos que é, afinal se dizem que rotular é idiota e preconceituoso, por que faria isso consigo? Na comunidade hacker isso é bem conhecido, quem chega cantando de galo que é, não passa de um script kiddie que acha que impressiona os amiguinhos com o net send (e esse deve estar se perguntando porque não funciona no Windows 7). Orgulhe-se por poder ser de queixo erguido e não precisar esconder o que é, mas não por sair falando por aí.

  5. Você não é nerd por ser o cara isolado
    Isso só mostra que você tem problemas em se socializar e pode ser o cara que vai matar os amiguinhos no recreio do colégio. Fique longe de mim! Mesmo os estereótipos clássicos do nerd mostram que ele é um ser social, forma grupos, discute e tem relacionamentos. Se você não consegue se relacionar com outras pessoas, não se chame de nerd. Procure um psicólogo ou não conseguirá ir muito longe na vida.
O leitor esperto percebe que pode substituir nerd por qualquer outra tribo urbana que os itens permanecem válidos. Faz parte da natureza humana, na adolescência principalmente, querer pertencer a algum grupo definido, usar suas cores, cantar seu hino e agir como uma unidade. Não há nada de errado nisso, é uma faceta do comportamento em sociedade, mas o sujeito não precisa ser um boçal pedindo para todos o reconhecerem como tal.

Você pode ser mod ou rocker (oi anos 60), punk ou metaleiro, otaku ou hipster ou outra tribo, seja sim, mas ninguém precisa ficar ouvindo você se defender como parte de uma tribo, isso é lame.

E você, leitor que aguentou chegar até aqui. Concorda, discorda, acrescenta, vai deixar de usar aquela camiseta do Super Mario até de fato ter jogado? Até o próximo post.

PS: Saiu no Gizmodo um texto com sabor similar, recomendo: http://www.gizmodo.com.br/conteudo/deveriamos-mesmo-comemorar-o-dia-do-orgulho-nerd/

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Limites e Evolução

Hoje Ontem foi o jantar da Google no Marina Palace do Leblon, deveras interessante poder participar desse evento e conhecer mais sobre a atuação da empresa no Brasil, mesmo que provavelmente eu não vá trabalhar para eles. Na mesa com um dos engenheiros, resolvi questionar sobre os desafios e limites que foram apresentados para videogames nos slides da palestra da tarde. Meu questionamento era que o atual desafio seria prover meios de colocar jogos maiores em dispositivos móveis (que hoje em dia são, na prática, pequenos PCs) mas antes de apontar que ainda há os desafios  de rede, o engenheiro colocou a questão de que gráficos precisavam ser melhorados tanto no PC quanto nos consoles. Really?

Pensei estar nostálgico de quando jogos eram feitos por homens e mulheres de verdade pessoas que conseguiam converter simples pixels animados em obras de arte que nos tocavam, e que estava falhando como aluno de Computação Gráfica. Eis então que ao chegar em casa, empanturrado com o jantar chique oferecido e a confirmação de que a Google é uma empresa em que todo mundo quer trabalhar, deparo-me com o seguinte artigo da Kotaku americana: http://us.kotaku.com/#!5789062/why-dont-i-lose-myself-in-games-anymore

O autor aponta duas muito usadas desculpas para o fato de jogarmos menos e gostarmos menos dos jogos atuais: falta de tempo e dessensibilização por superexposição. A falta de tempo ele quebra afirmando que é possível encontrar tempo para jogar (embora aqui eu opine que os jogos casuais estão ganhando espaço não apenas por serem mais fáceis de serem assimilados, mas também pelo seu menor tempo de partida). Já sobre a superexposição a jogos, creio que em parte ele quis dizer que todo jogo novo tentar ser um '< insira o nome de um jogo famoso >-Killer', gerando uma grande espectativa de ser melhor e geralmente sendo apenas mais do mesmo com um feature ou outro diferente.

"You need flawless graphics, faultless UI, bug-free performance. We demand realism, high-resolution. And yet as games march on toward that ever more "realistic" experience, we've started fidgeting when they cross the 10-hour mark."

O foco do artigo é que os jogos atuais tentam ser tão realistas e verossímeis, com narrativas e gráficos complexos, que acabam tirando nossa capacidade de imaginar, de criarmos o nosso mundo singular do jogo e criar nossa narrativa pessoal. As lacunas já estão preenchidas, cabe ao jogador desfrutar de todo esse mundo, ler enormes enciclopédias in-game que buscam tornar o mundo um ser vivo antigo e crível. Uma coisa que aprendi como mestre de RPG foi que um mundo rico e verossímil é bom sim, mas há que se cuidar para não ofuscar as ações dos jogadores nem limitar suas opções e escolhas por causa do excesso de detalhes.

"The more "realistic" games have gotten, the more "lifelike" they've strived to be, the less room they leave for our imaginations.
Because in the end, we don't play video games to be hand-held through a story. I offer that we don't want "realistic" games drawn literally for us, with every blank cleanly written in, narrated to the last detail, emoted upon with high-resolution facial expressions."

Há sim um "que" de nostalgia no artigo, mas ele bate no ponto que muito me interessa na minha pesquisa: o que de fato nos faz ficar agarrados a um jogo? Pokémon é citado como um exemplo de como um mundo raso e com história simplória consegue ser tão viciante. Reduzido às suas mecânicas, Pokémon é uma statfest, você tem números sendo comparados com outros números, levando alguns modificadores condicionais e situacionais, e no fim o que o jogador quer é ver esses números aumentarem através de seu esforço. A simplicidade e facilidade de assimilação de seus outros componentes, além do fator vício do colecionismo, permitiu que o jogo atingisse tal grau de sucesso.

"Abstraction gives us a reason to spend time there; to pursue the intangible path of creation and personalization, of imagination and ownership. Otherwise, we're just watching the clock until we've exhausted our six to ten hours on someone else's playground."

Embora eu possa não concordar na totalidade com o artigo, acredito que os desafios importantes para jogos se encontram em como tornar o jogo mais atrativo para os jogadores e fazê-los gastar seu tempo imersos nesses mundos que criamos. Não adianta oferecermos gráficos cada vez mais realistas e mundos imensos e densos se a jogabilidade não oferece desafio adequado e interessante para prender o jogador e a própria densidade do mundo esmaga a sua jornada. E nem todo mundo consegue gerenciar seu tempo para completar 60h de RPGs com tantos lançamentos no mercado.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Resolvendo problemas de wi-fi talvez não do jeito mais fácil

PS: Eu e o Arthur participamos do Baixo Frente Soco de jogos indepentes. Ouçam o podcast e curtam a montagem feita por eles com o Bananixo e personagens famosos de jogos independentes (espero que saibam quem são =) ).




Ontem Sábado reservei o dia para reunião com Arthur Protasio sobre os projetos pendentes da Ludobardos. Descobrimos que os arquivos que precisávamos estavam (provavelmente) esquecidos em casa, e sem ter como voltar, nos direcionamos a outros aspectos do projeto. Mas isso não é importante.

Acabamos seguindo pra casa da Isabel (ao que parece, o Arthur não tinha feito a mesma reserva do dia que eu...) e lá, após jantar Subway e ficar trocando pilhas entre os instrumentos de Rock Band - que tardiamente descobri ser superior ao Guitar Hero - retomamos as atividades projetuais. Eis que percebemos que o modem Linksys do Pedro Mizukami é deveras antipático com pessoas estranhas ao lugar (a começar pela senha que ele escolheu e demais proteções de rede, PQP!).

Findas as dificuldades com a senha, começamos a ter colisão de IPs entre as máquinas, sendo que todas estavam com IP dinâmico, acabando por apenas o primeiro dispositivo de rede dectado pelo modem receber um IP válido e sendo assim, ser o único a conseguir conexão. A solução veio do bolso e aqui o Jan fica orgulhoso do que me ensinou sobre a Apple.

Conectando o iPhone como primeiro dispositivo no modem possuído (devemos ter esquecido de fazer as oferendas ao gnomo que o controla), compartilhei o acesso pessoal (aka tethering) com meu laptop via cabo USB e com o laptop do Arthur via bluetooth. A Isabel, coitada, ficou sem Internet por não ter bluetooth, mas pelo menos conseguiu se concentrar no que devia fazer ao invés de ver vídeos dos filmes indie do God of War e do filme anos 80 do Zelda. E os projetos continuam pendentes.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Super Mario Kart

Que eu não dirijo e tenho pouco mais que a mínima motivação pra isso, é de conhecimento geral da nação, mas pode uma experiência limitada de direção ser interessante pra quem prefere ter relacionamento de carona com carros ou ser o motorista atrás de um joypad? Pelo menos nisso acho que anos de Super Mario Kart de alguma forma me ajudaram.

Quando me perguntam  se eu tenho carteira, falo que fiz a Auto Escola Mario Kart

Ir com seus amigos de longa data para uma outra atividade que não paintball (já relatado aqui) é sempre bem interessante. Fora aquele catch up básico, a competição amistosa entre pessoas íntimas tem aquele sabor especial que evoca diversos outros assuntos até sem conexão alguma como lembranças de disputas, conseguimos isso com uma corrida de kart no Norte Shopping. Kart, direção, eu, coisas que possivelmente não combinariam.

O primeiro desafio é colocar a máscara, luvas e o capacete (que você quer acreditar que estejam limpos, apesar do cheiro azedo), tirar foto com a galera e partir pra qualificação. Colocar as mãos em um volante que não de videogame pela primeira vez, experimentar acelerador e freio, cuidar para não queimar o braço no motor e experimentar a sensação de velocidade (e perceber que você está devagar). Depois disso, o desafio é vencer a corrida contra seus amigos que sabem dirigir.

Obviamente, nem com cascos vermelhos e cascas de banana eu teria conseguido, mas pelo menos a diversão foi garantida e o freio pouco usado (obrigado Super Mario Kart por me ensinar a fazer curvas soltando o acelerador e depois apertando de novo - o nome disso é drifting?). Dar uma fechada no Henrique, receber a bandeirada de retardatário pra deixar Luciano, Igor, Henrique e Diogo passarem, passar longe da namorada com medo de causar algum acidente e ser envolvido em dois acidentes (mostrando depois o dedo pros amigos que causaram isso) é bem divertido. Porém não acho que é o suficiente pra me motivar a tirar a carteira, ainda mais não estando completamente acostumado à vida em velocidade motorizada. Quem sabe depois de mais alguns karts?

Cascos vermelhos seriam essenciais no dia a dia. Por que não existem no mundo real???